Poetas só mortos - ou em vias.
Precisam dos Louros e, nestes dias
em que Apolo já não há,
só a Morte os dá.
Precisam dos Louros e, nestes dias
em que Apolo já não há,
só a Morte os dá.
Em 2005 adquiri, na Feira da Ladra, em Lisboa, um caderno negro, sem linhas. Estava completamente preenchido por uma caligrafia comprida, apertada e inclinada para a direita. A preto. As palavras apertavam-se em manchas estreitas como estrofes. Eram os versos de alguém desconhecido. Gosto de pensar num morto recente. Partilho-os convosco, à medida que vou decifrando e batendo a letra comprida, apertada e inclinada no teclado do computador.
1 Comments:
Pois a morte nem só isso disso dá, dá tudo e os mais nadas que à.
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